Utopia
Padre Zezinho
Composição: Pe. Zezinho
Das muitas coisas do meu tempo de criança
Guardo vivo na lembrança o aconchego do meu lar
No fim da tarde quando tudo se aquietava
A família se ajuntava lá no alpendre a conversar
Meus pais não tinham nem escola e nem dinheiro
Todo dia o ano inteiro trabalhavam sem parar
Faltava tudo mas a gente nem ligava. O importante não faltava, seu sorriso, seu olhar
Eu tantas vezes vi meu pai chegar cansado, mas aquilo era sagrado um por um ele afagava
E perguntava quem fizera estrepolia e mamãe nos defendia e tudo aos poucos se ajeitava
O sol se punha a viola alguém trazia
Todo mundo então queria ver papai cantar pra gente
Desafinado, meio rouco e voz cansada ele cantava mil toadas seu olhar no sol poente
Correu o tempo e eu vejo a maravilha de se ter uma família enquanto muitos não a tem
Agora falam do desquite, do divórcio o amor virou consórcio, compromisso de ninguém
Há tantos filhos que bem mais do que um palácio
Gostariam de um abraço e do carinho entre seus pais
Se os pais amassem, o divórcio não viria, chame a isso de utopia, e eu a isso chamo... paz!
Mais letras do Padre Zezinho no site:
http://letras.terra.com.br/padre-zezinho/
quinta-feira, 4 de junho de 2009
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